quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014


Pazuzu (chamado também de Fazuzu ou Pazuza) é o nome do demônio do vento sudoeste nas antigas mitologias Assírias e Babilônicas.  Em seus ventos esse terrível demônio trazia tempestades terríveis assim como assolava regiões inteiras com estiagens e pragas. Filho de Hanbi (também conhecido como Hanpa), sendo este um deus especificamente cruel e maldoso, senhor de todos os espíritos malignos que povoam a terra ou o inferno, Pazuzu não poderia ter saído muito diferente do pai.

Pazuzu é representado sempre com uma aparência assustadora e terrível. Possui cabeça de leão, corpo humano, 4 enorme asas, garras afiadas de felino, cauda de escorpião e geralmente é descrito com um enorme pênis ereto. Esse demônio era muito temido e reverenciado, pois, com seu poder destruía aldeias inteiras em questão de horas, fosse através dos ventos e das tempestades como também através de doenças e pragas terríveis carregadas com seus ventos. Geralmente é representado com a mão direita para cima e a esquerda para baixo, sendo a mão para cima indicando a vida e a para baixo, obviamente, a morte.

O antigo povo Babilônico e Assírio também o cultuavam para proteção, prova disso são os diversos amuletos e pingentes com sua imagem encontrados em escavações arqueológicas. Segundo historiadores Pazuzu era invocado para proteção do lar, os assírios e babilônios costumavam pedir sua proteção contra um outro deusa igualmente cruel conhecida como Lamashtu. Lamashtu era um demônio feminino que ameaçava as mulheres quando estavam dando a luz, diziam também que esse demônio feminino matava os bebes recém nascidos para lhes beber o sangue e comer sua carne. E como forma de proteção eles pediam a ajuda de Pazuzu já que ambos se odiavam e eram inimigos mortais. Dessa forma o povo costumava colocar amuletos com sua forma nos quartos das crianças e no pescoço das mulheres grávidas, usando assim o mal contra o mal. Também costumavam fazer oferendas para serem poupados de seus ventos pestilentos e de sua fúria.

Pazuzu ficou conhecido no ocidente moderno graças ao escritor William Peter Blatty com o seu renomado romance intitulado O Exorcista (de 1971) e ganhando projeção mundial posteriormente através do filme de 1973 com o mesmo título. Na obra de Blatty a menina Regan MacNeil (LindaBlair) é possuída por um espírito demoníaco que tenta a todo o custo enlouquecer a atormentar a família MacNeil. E o espírito atormentador é nada mais nada menos do que o próprio Pazuzu. Logo no início da obra é descrita uma escavação arqueológica no Iraque onde o padre, exorcista e arqueólogo Merrin (Max Von Sydow) encontra antigos amuletos de proteção com a figura sinistra de Pazuzu. Até mesmo uma enorme estátua é encontrada nas escavações da antiga cidade, imortalizando a cena em que o padre exorcista encara a estátua demoníaca em pleno deserto como uma das fotografias mais legais do filme, assim como uma das cenas mais tensas e legais da história do cinema (posso até ouvir os cães lutando no deserto. hehe).

Pazuzu foi uma figura temida e reverenciada na antiguidade, mas, ainda nos dias de hoje esse demônio antigo continua a apavorar os humanos através de obras literárias e cinematográficas. O demônio ainda vive!


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terça-feira, 18 de fevereiro de 2014


O Povo das Sombras são alguns dos seres mais assustadores já vistos, isso se dá pelo fato deles poderem aparecer em qualquer lugar, até mesmo agora ai ao seu lado enquanto lê esse texto.
Ninguém sabe de onde são nem o que querem, mas é inegável o fato de pelo menos uma vez na vida você já ter visto de relance um desses seres, seja no chuveiro enquanto estava com o olhos semi fechados, te observando de algum canto enquanto assiste a televisão no escuro ou mesmo tarde da noite ao lado de nossa cama. 

Desde o início dos tempos a humanidade vem relatando aparições de seres misteriosos nas sombras, dependendo da crença de cada religioso logo são nomeados conforme a religião e a interpretação da pessoa. Espíritas dizem se tratar de almas atormentadas que procuram nosso plano para tentarem realizar seus desejos e vícios carnais. Já os umbandistas dizem se tratar da aparição de exus, essa crença ganha mais força ainda após os frequentes avistamentos desses seres rondando cemitérios e até mesmo espiando ao longe os velórios. Não sei o que os evangélicos pensam a respeito desses seres, provavelmente acham que se tratam de demônios, até porque para a grande maioria dos evangélicos tudo são demônios (se bobear até eu).

Apesar desses seres misteriosos aparecerem em quase todos os lugares existe um local onde é relatado maior frequência de aparições, e infelizmente este lugar é ao lado da nossa cama. Geralmente eles não se mostram por mais do que alguns milésimos de segundo, sendo possível vê-los somente através da visão periférica. Possuem um aspecto humanoide, algumas pessoas relatam já terem visto entidades contorcidas em posições macabras, espreitando. Outras pessoas afirmam terem sentido a presença de alguém e ao se virarem para inspecionar o quarto viram um homem "feito de sombra" que se movia rapidamente de forma desengonçada e apavorante, muitas vezes rindo freneticamente, mas, jamais emitindo som.

Para completar o pavor, geralmente a aparição desses seres causam paralisia na pessoa que os vê, fazendo o sentimento de horror ficar incontrolável para o pobre infeliz. Mas a paralisia só ocorre quando a pessoa está sozinha, já nos casos em que a pessoa está na companhia de outros a entidade se manifesta de forma mais rápida, tornando quase impossível mostrar a aparição aos presentes no local. Apesar de ser raro, algumas pessoas já relataram terem visto olhos vermelhos nessas entidades.

Existem também outras teorias além das já citadas, existem pessoas que acreditam serem essas entidades anjos da morte rondando a humanidade em busca de vidas a serem ceifadas. Já outros acreditam se tratarem de demônios chamados de Incubus e Sucubus. Essa classe de demônios, muito temidos na idade média, sugam a força vital das pessoas, agindo de forma semelhante a de vampiros.

Dentre as diversas formas de aparições existem duas mais comuns. A primeira possui a forma de um homem alto com chapéu, esse ser é conhecido como Hat man (Homem do Chapéu). Já a segunda é conhecida como Hooded (Figura Encapuzada), como o próprio nome já diz essa segunda criatura aparece com o contorno lembrando um homem de capuz.


Apesar de até hoje não terem tido notícias que essas entidades tenham matado alguém eu duvido que as pessoas que tenham passado por uma experiência extrema de paralisia tenham saído sempre sem dano algum desse encontro. Eu poderia apostar que muitos casos de morte aparentemente por infarto enquanto a pessoa dormia foram causadas na realidade por consequência do infeliz encontro com esses seres apavorantes. 

Boa sorte a todos essa noite!

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domingo, 16 de fevereiro de 2014


 Patasola, na forma aportuguesada "um pé" (ou "uma pata", já que em algumas versões elas teria um casco no lugar do pé), é uma lenda assustadora originária do folclore colombiano. Alguns dizem se tratar de um vampiro das matas, já que costuma atrair humanos (basicamente homens) com ilusões, se fazendo passar por uma bela mulher e só revelando sua verdadeira forma macabra quando sua vítima não tem mais escapatória. Suas vítimas costumam ter primeiramente o sangue sugado e posteriormente a própria carne arrancada, sobrando somente os ossos.

Sua verdadeira forma é assustadora. Cabelos emaranhados, olhos enormes, possui também uma grande boca com dentes demoníacos e tortos,  e como o próprio nome já entrega esse monstro das matas colombianas possui somente uma perna (difícil não lembrar do nosso Saci).

Existem aqueles que dizem se tratar da alma tortuosa de uma mulher que anda pelas matas e bosques em busca de vingança por ter sido assassinada por seu marido. Nessa versão ela teria sido pega traindo seu esposo e como forma de vingança o homem arrancou sua perna, acarretando assim em sua morte. Seu marido, após cometer o crime teria fugido enlouquecido de arrependimento, desde então a alma penada de sua falecida esposa anda pela terra a procura de vingar sua morte. Fazendo de todos os homens seus inimigos e vítimas em potencial. Seja ela um vampiro ou um fantasma todos os colombianos concordam que essa entidade das matas possui uma crueldade e selvageria ímpar, plantando assim um profundo medo no coração da população.
Como o nosso Curupira, Patasola é vista como um espírito protetor da natureza e dos animais da floresta. Matando preferencialmente caçadores, fazendeiros e madeireiros que entrem na mata em busca de caçar animais e destruir a natureza. Geralmente ela se mostra para os homens na forma de uma linda garota, quase que o hipnotizando instantaneamente por sua beleza estonteante. Após o homem/otário ficar achando que tirou a sorte grande Patasola o chama mais para dentro da mata e, consequentemente, para longe de outras pessoas e de alguma possível ajuda. Para esses é o fim! Existem relatos que Patasola também utiliza da imagem de entes queridos da vítima para atrai-los para suas garras. 

Muitas pessoas afirmam já ter visto Patasola  na beira de estradas onde seu caminho atravesse alguma mata ou nos arredores de bosques, florestas e lagos. A única proteção contra o ataque da Patasola é a presença ou companhia de algum animal de estimação, muitos relatam que a presença dos animais geralmente impedem seu ataque, já que a mesma é protetora de preza pela vida deles. Mas eu não aconselharia a arriscarem!

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Zé Pelintra é uma entidade espiritual de origem afro-brasileira. É bastante cultuado e admirado na religião Umbanda como um espírito boêmio, patrono dos bares, locais de jogos e sarjetas, embora não alinhado com entidades de cunho negativo, é uma espécie de transcrição arquetípica do malandro.
 Seu modo de vestir é bastante clássico e típico, Zé Pelintra é representado sempre trajando terno, geralmente de cor branca e mais raramente na cor preta, sapatos de cromo, gravata vermelha e chapéu panamá de fita vermelha ou preta (elegância é uma de suas principais características).
Apesar da entidade ter grande importância para os praticantes do catimbó (conjunto específico de atividades mágico-religiosas, originárias da Região Nordeste do país) Zé Pelintra é uma entidade originária primeiramente da Umbanda. Preto José Pelintra, como também é conhecido no Catimbó, viveu boa parte de sua vida encarnada ao lado de índios brasileiros e que  teria absorvido seus conhecimentos sobre ervas medicinais por consequência dessa convivência.

Possui grande influência nas matas assim como possui também um enorme respeito pelos santos católicos, isso se deve pelo fato do próprio Zé Pelintra ter sido batizado e seguido a Igreja Católica Apostólica Romana em vida.
O malandro é conhecido por ser mulherengo, birrento e festeiro, quando os médiuns recebem a visita dessa entidade, podem crer, a alegria será garantida. Zé Pelintra é invocado quando seus seguidores precisam de ajuda com questões que envolvem o lar e os negócios. É conhecido por ser um obreiro da caridade e da feitura de coisas boas.

 Muitas vezes Zé Pelintra é confundido com algum exu, isso se deve ao fato dessa entidade se manifestar também em sessões de exus, assim como também apresentar alguns trejeitos parecidos.

Existem diversas versões sobre a vida e a origem do malandro, mas a mais aceita entre seus seguidores diz ele teria nascido no povoado de Bodocó, no sertão pernambucano. Devido a terrível seca que assolava a região a família de José dos Anjos rumou para Recife. Mas infelizmente o menino José perdeu a mãe e o pai vítimas de uma doença desconhecida. Sem ter para aonde ir o menino se criou na rua em meio a malandragem, dormindo geralmente no porto e trabalhando como garoto de recados das prostitutas das redondezas. Cresceu tendo a noite como sua vida. Amava jogar dados e carteado, bebidas e principalmente as mulheres. Mulheres essas que ele tratava feito rainhas não importando a sua origem ou quem fosse. Não tardou até ser temido pela polícia devido a sua habilidade me manejar facas, poucos tinham coragem de o enfrentar no combate, seja ele armado ou desarmado. Mas apesar da valentia ele possuía um enorme coração, muitas vezes mandando para a casa jogadores bêbados que teimassem em jogar contra ele em estado de embriagues. Justo, leal, boêmio e malandro, essas são as características mais marcantes dessa entidade.

Na Umbanda, Zé Pelintra é um guia pertencente à linha do "Povo da Malandragem", tendo como seu Orixá patrono Ogum. Já no Catimbó, é considerado um "mestre juremeiro".

Tanto na Umbanda como no Catimbó, Zé Pelintra é tido como um protetor dos pobres, uma entidade de enorme importância entre as classes menos favorecidas, tendo ganhado o apelido de "Advogado dos Pobres", pela patronagem espiritual e material que exerce.  É comum achá-lo em festas e exposições, sempre rindo. E é claro, sem fazer rir.

Existem muitos relatos de avistamentos dessa entidade andando pelas ruas e sarjetas a noite, mesmo por aqueles que não possuem uma grande mediunidade ou até mesmo religiosidade. Já ouve relatos de pessoas que sentiram alguém as seguindo (geralmente em ruas desertas) e, ao olharem para trás se deram de cara com a figura do malandro sorridente a cumprimentar com a aba do chapéu, desaparecendo logo em seguida.


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